O Trilho é um equipamento que aglutina as respostas sociais Equipa de Intervenção Direta (EID) e Centro de Atendimento e Acompanhamento Psicossocial de Doentes de HIV+ (CAAP), com intervenção na área dos comportamentos aditivos e da seropositividade.
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O Trilho iniciou atividade em outubro de 1999, consubstanciando outra das respostas sociais da Misericórdia de intervenção comunitária, partilhando instalações com a outra resposta social deste jaez, o Centro Comunitário Porta Aberta.
Nasceu da sensibilização do Ministério Público de São João da Madeira, pelo intrépido Dr. Carlos Pereira, para a severidade do problema da toxicodependência e da seropositividade no concelho.
A Misericórdia abraçou prontamente o projeto, logrando enquadrar as respostas sob Acordo de Cooperação com o Centro Distrital de Aveiro do Instituto de Segurança Social IP. A Câmara Municipal de São João da Madeira associou-se, entretanto, decidindo comparticipar os custos de aquisição de um edifício destinado à sua instalação, edifício que foi recuperado e adaptado com o apoio do programa operacional Saúde XXI, do III Quadro Comunitário de Apoio. A inauguração dá-se em maio de 2003.
A estrutura profissional integra sobretudo pessoal técnico qualificado, que atua na promoção da motivação dos consumidores de substâncias aditivas para o tratamento, auxilia na sua reinserção social, e realiza ações de prevenção primária de comportamentos de risco junto da comunidade, com enfase na população em idade escolar Realiza atendimentos de Ação Social e presta consultas de Psicologia, destacando-se na capacidade de aplicar técnicas inovadoras de integração social, nomeadamente através do recurso à arte, como são exemplo o photovoice e a dramatização / encenação. Mantém ativo, desde há cerca de 10 anos, um espaço pré-profissionalizante, de fomento de competências de trabalho, com diversos ateliers, desde fotografia a trabalhos manuais, a que se somam um Apartamento de Autonomização e um Refeitório Social.
Tratam-se de recursos sociais singulares no concelho, focados na promoção da cidadania de pessoas sem-abrigo e/ ou sem-teto, cuja anamnese de vida evidencia recorrentemente problemas associados ao abuso de substâncias aditivas, razão porque se integra este grupo-alvo no escopo do Trilho. Anualmente atende em média cerca de 200 utentes, população flutuante, como é característico desta patologia social.