ACOLHER, VALORIZAR E CUIDAR, SOB OS PRINCIPIOS DO HUMANISMO CRISTÃO

Sobre Nós

Sobre Nós

Missão

Valores

A Santa Casa da Misericórdia é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, fundada em 1921 para assumir a propriedade e gestão do hospital desta cidade. Apesar da primazia da área da Saúde no primeiro meio século da instituição, o apoio à terceira idade e infância não foram descurados, criando-se um “Recolhimento para Velhos” e um “Asilo-Escola” para crianças órfãs e abandonadas.

A Santa Casa da Misericórdia é hoje uma instituição que faz parte da identidade da comunidade de S. João da Madeira, tendo como missão, prover a necessidades da comunidade local, traduzindo pela acção social, educacional e de saúde, a doutrina e moral cristã, e promovendo a qualidade de vida das pessoas, prioritariamente daquelas em risco social.

 

 

CENTRADA NA PESSOA – procura responder às necessidades específicas de cada pessoa, no respeito pela sua individualidade, dignidade e autonomia.

PRIORIDADE AOS MAIS VULNERÁVEIS E EXCLUÍDOS – orientação para a protecção de pessoas e grupos vulneráveis, fornecendo recursos e fomentando competências propiciadoras da participação e da inclusão social.

PRÓ-ACTIVIDADE – atenção às dinâmicas sociais do território identificando riscos (necessidades sociais) e oportunidades sobre os quais possa desenvolver uma acção preventiva e/ou empreendedora.

QUALIDADE – promoção da melhoria contínua nos processos e serviços.

COMPROMETIMENTO COM A COMUNIDADE – enraizamento da intervenção no contexto social local, seja na captação de recursos seja na responsabilidade perante as dinâmicas e desafios do território

IDENTIDADE PRÓPRIA E ESTABILIDADE – valorização da matriz histórica e da tangibilidade da nominação e simbologia “Santa Casa da Misericórdia”, da respectiva perenidade e sustentabilidade.

SOLIDARIEDADE/ RECIPROCIDADE – observância dos princípios da redistribuição e da equidade (de classe, género e geração) como primado da orientação da gestão e intervenção social.

RESPONSABILIDADE SOCIAL – prestação de contas (social, económica e ambiental), transparência e mensurabilidade do valor social da actividade desenvolvida.

A História da Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira

Conheça alguns dos marcos mais importantes da nossa história centenária! 

1913

Francisco José Luiz Ribeiro

Francisco José Luiz Ribeiro, sanjoanense longamente emigrado na Argentina, lega todos os seus bens para a construção de um hospital que tanto deseja se realize nesta sua aldeia que lhe foi berço, confiando no patriotismo, não só dos seus herdeiros, como dos seus patrícios, para o bom êxito do sonhado Hospital. Nomeia testamenteiros Domingos Silva Moreira, Padre António Joaquim de Oliveira e Manuel da Silva Correia, auxiliados por outras 12 personalidades, para darem execução à sua vontade. Pelo seu extraordinário legado e vontade, Francisco José Luiz Ribeiro é declarado Benemérito-instituidor da Misericórdia, onde tem um busto em bronze, inaugurado em 1935.

1921

Primeiros Estatutos

É emitido o Alvará pelo Governo Civil de Aveiro, reconhecendo os primeiros Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira, instituição de utilidade publica administrativa fundada para assumir a propriedade e gestão do Hospital. Os Estatutos são assinados pelo Visconde S. João da Madeira, António Dias Garcia e Benjamim José de Araújo, na qualidade de Irmãos Fundadores, e por 121 ilustres sanjoanenses, na qualidade de Irmãos instaladores

1922

Primeira Mesa Administrativa

É eleita a primeira Mesa Administrativa, para o biénio que decorreria até 30 de junho de 1924. A 4 de junho de 1922 toma posse o primeiro Provedor, António José de Oliveira Júnior, aos 58 anos, industrial de chapelaria, o provedor matricial na afirmação dos valores fundacionais da instituição, distinguindo-se pela benemerência, caridade, rigoroso voluntariado e apolitismo na condução dos destinos da instituição.

1923

Sessão solene inaugurativa do Hospital de S. João da Madeira

Tem lugar a sessão solene inaugurativa do hospital de S. João da Madeira, assistida por imensa gente da freguesia e das terras circunvizinhas, num ambiente de fervor e entusiasmo, iniciando-se de imediato o seu funcionamento. Apesar da extensão da atividade pela instalação de um Asilo para Órfãos, de um Recolhimento para Velhos e Inválidos, da Assistência aos Pobres, e do Abrigo da Casa das Laranjeiras, é o Hospital e a intervenção na área da Saúde que se destaca nos primeiros 50 anos de vida da Misericórdia.

1926

Emancipação de S. João da Madeira

S. João da Madeira emancipa-se de Oliveira de Azeméis, tornando-se sede de concelho.

1963

Toma posse como Provedor, Manuel Pais Vieira Júnior

Toma pela primeira vez posse como Provedor, Manuel Pais Vieira Júnior, o oitavo na lista de provedores e aquele que durante mais tempo assumiu esta responsabilidade, 12 vezes reeleito sem oposição, até ter completado 36 anos de exercício do cargo, em 1998. Este provedor enfrenta a subtração da gestão do Hospital de S. João da Madeira, em 1974, e reorienta a atividade da Misericórdia para a Ação Social e Educação, contrariando o seu definhamento e afirmando-a entre as mais dinâmicas do país. Daí o epiteto de provedor – refundador.

1966

É inaugurado o novo Hospital da Misericórdia

É inaugurado o novo Hospital da Misericórdia, em terrenos comprados pela família Oliveira e doados à instituição em 1957. Na inauguração está presente o Presidente da República, Almirante Américo Tomás, dois ministros e diversas personalidades. O novo Hospital abre com capacidade oficial para 60 camas, rapidamente estendida para 92, capacidade de internamento já saturada em 1968. Vem a ser elevado à categoria de distrital, em maio de 1972. S. João da Madeira era, ainda, vila, com 12.173 pessoas nos Censos de 1960.

1974

Exclusiva dependência do Ministério da Saúde.

É publicado o decreto-lei 704/74, que remete para a exclusiva dependência do Ministério da Saúde a gestão do Hospital da Misericórdia.

1981

É inaugurado o Centro de Assistência à 3.ª Idade

É inaugurado o Centro de Assistência à 3.ª Idade – mais tarde redenominado Lar de Idosos São Manuel –, com capacidade inicial para 80 utentes, e que já iniciara funcionamento no último trimestre de 1981. Torna-se o primeiro equipamento social da vida nova que a Misericórdia iniciava após a subtração da razão que lhe dera origem, a gestão do Hospital. Trata-se também do primeiro equipamento social concebido de raiz na área da Ação Social pela instituição, que assim inaugura o conjunto assistencial de Fundo de Vila.

1984

Abertura do Abrigo Infantil das Laranjeiras,

No conjunto assistencial de Fundo de Vila é concluída a edificação do Abrigo Infantil das Laranjeiras, que integra uma Creche e um estabelecimento de Ensino Pré-escolar, com capacidade inicial para 130 crianças.

1991

Medalha de Ouro de Mérito Municipal

Por ocasião do 70.º aniversário, a Misericórdia é agraciada com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal, pela ação dinâmica e sacrificada dos componentes da instituição, e é inaugurada a Casa de Repouso, outro equipamento residencial para idosos no conjunto assistencial de Fundo de Vila, posteriormente, redenominado “Casa de Repouso Manuel Pais Vieira Júnior”. Em 1995 é ampliado, passando a capacidade para 85 utentes, distribuídos entre 31 Suítes e 23 Quartos.

1992

Centro de Acolhimento Temporário

É implantado no conjunto assistencial de Fundo de Vila o Centro de Acolhimento Temporário, que recebe as primeiras 12 crianças, ficando repleto logo no mês seguinte, com 30 residentes. Trata-se de uma resposta social destinada a crianças em risco, que materializou um Protocolo assinado em 23 de novembro de 1988, com a Direção-geral dos Serviços Tutelares de Menores, o Centro Regional de Segurança Social de Aveiro e a Câmara Municipal de S. João da Madeira. O Centro de Acolhimento Temporário vem a receber o nome “Oliveira Júnior”, homenageando a caridade e benemerência do primeiro provedor.

1992

Gestão do Centro Infantil de S. João da Madeira

A Misericórdia assume a gestão do Centro Infantil de S. João da Madeira, equipamento público fundado em 1973, com as respostas Creche e Ensino Pré-escolar, e que atendia 230 crianças.

1999

Abertura de cinco centros de atividades de tempos livres (ATL)

A Misericórdia estende a ação abrindo cinco centros de atividades de tempos livres (ATL) para atender 210 alunos das escolas de ensino básico de Casaldelo, Carquejido, Condes Dias Garcia, Espadanal e Fontaínhas. Quatro após, a instituição instala a primeira resposta social de intervenção comunitária, através de uma unidade de apoio a toxicodependentes e a doentes portadores de HIV+, denominada “Trilho”. Esta unidade vem a receber instalações definitivas, inauguradas em 10 de julho de 2003.

2004

Toma posse Alberto Manuel de Aguiar Pacheco

Toma posse o 11.º Provedor, Alberto Manuel de Aguiar Pacheco, o provedor-pacificador (primeiro em interinidade e depois em efetividade), aquele que concilia a instituição com os seus valores maiores e que lidera o regresso à área da Saúde, em 27 de novembro de 2007, com a abertura da Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção, com capacidade inicial para 19 doentes, que toma o nome do provedor Sidónio de Pinho Álvares Pardal. Em 2 de setembro de 2008 inaugura uma Creche – Ludoteca em Fundo de Vila, com capacidade inicial para 60 crianças em Creche e 40 em Ludoteca (ATL), equipamento que vem a receber o nome Alberto Pacheco, em sua homenagem.

2011

Toma posse José António de Araújo Pais Vieira

Toma posse o 12.º Provedor, José António de Araújo Pais Vieira. O seu exercício, que prossegue, está indelevelmente marcado pela extensão da atividade social às freguesias oliveirenses de Fajões – em 1 de março de 2018 – e de Nogueira do Cravo – em 1 de abril de 2022 –, através da compra de dois centros sociais insolventes. Estas aquisições incorporam na Misericórdia o Lar de Idosos Dra. Leonilda Matos, o Lar Residencial do Pisão, uma Creche, um estabelecimento de Ensino Pré-escolar, dois Centros de Dia e dois Serviços de Apoio Domiciliário, a que se somou o CACI, já estabelecido pela instituição. A atividade social atingiu um máximo histórico, em volume financeiro e número de utentes diariamente atendidos, posicionando-se entre as 20 maiores Misericórdias do país e a maior instituição de solidariedade social do distrito de Aveiro, no âmbito da Ação Social.